POLIOMIELITE: entenda como funciona a imunidade coletiva
Saúde
Publicado em 19/07/2024

Ministério da Saúde reforça a importância de manter a cobertura vacinal para evitar reintrodução da pólio no país

 

ÚLTIMAS SOBRE VACINA

POLIOMIELITE: vacina deve ser aplicada em todas as crianças menores de 5 anos

Pandemia da Covid-19 prejudicou a cobertura vacinal da poliomielite, avalia infectologista

Fake news contribuíram para queda das coberturas vacinais contra a poliomielite, afirma infectologista

POLIOMIELITE: vacina protege contra os diferentes tipos de poliovírus

POLIOMIELITE: doença pode causar paralisia permanente, explica infectologista

VER MAIS SOBRE VACINA

 

Reportagem:

Paloma Custódio

 

Data de publicação: 19 de Julho de 2024, 05:00h - Por Agência Brasil 61.com - Matéria retirada do portal Brasil 61.com (https://brasil61.com/n/poliomielite-entenda-como-funciona-a-imunidade-coletiva-poli240030)

A imagem da capa do site Multisom é meramente ilustrativa e foi retirada de arquivos da internet/Google

 

Desde 2016, o Brasil tem apresentado queda nas taxas de cobertura vacinal contra a poliomielite e, por isso, não tem alcançado a meta, estabelecida como ideal pela Organização Mundial da Saúde, de 95% de crianças imunizadas. 

O infectologista Werciley Junior, membro da Sociedade Brasileira de Infectologia, explica que altas taxas de cobertura vacinal são essenciais para atingir a imunidade coletiva.

“Quando a gente fala que a vacina é uma necessidade de todo mundo, é porque uma pessoa não vacinada pode ser um agente que pode transmitir a pólio para quem não foi vacinado. A imunidade coletiva é quando você garante que uma boa parcela da população está vacinada, ou seja, a doença não consegue se alastrar, ela vai ter uma limitação, porque as pessoas doentes são poucas. Então, isso seria o mundo ideal. Mas sabemos que essa faixa, para ser ideal, tem que ser acima de 92% – 92% a 95% –, e o Brasil está aquém, nos últimos anos, na vacinação de poliomielite.”

Segundo o Ministério da Saúde, em 2023, a cobertura vacinal em crianças menores de um ano no país ficou em 84,6%.

Apesar de o Brasil ter erradicado o poliovírus selvagem do território nacional desde 1990 — como resultado da intensificação da vacinação —, o vírus continua circulando em outros países. Por isso, o diretor do Departamento do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Eder Gatti, alerta os profissionais de saúde, pais ou responsáveis sobre a importância de imunizar os pequenos.

"A poliomielite é uma doença que, por muitas décadas, causou paralisia e morte em crianças. Só que essa doença não faz mais parte do nosso cenário epidemiológico graças à vacinação e o Brasil, desde 1989, não registra nenhum caso. Embora tenhamos eliminado a doença, ela ainda existe no mundo e pode ser reintroduzida no nosso país. Por isso, é muito importante que os pais levem seus filhos menores de cinco anos para checar a caderneta e fazer a vacinação." 

Todas as crianças menores de 5 anos de idade devem ser imunizadas contra a pólio de acordo com o Calendário Nacional de Vacinação e na campanha anual. O esquema vacinal contra a poliomielite possui três doses injetáveis — aos 2, 4 e 6 meses de idade — e mais duas doses de reforço com a vacina oral bivalente, a gotinha. 

Vale lembrar que a vacina protege as crianças por toda a vida e é segura.

Procure uma unidade básica de saúde e cuide bem dos nossos futuros campeões. Vamos nos unir ao Movimento Nacional pela Vacinação.

Para mais informações, acesse: www.gov.br/vacinacao

Comentários
Comentário enviado com sucesso!