Depois de causar um barulho grande dentro e fora do mundo financeiro, ao anunciar Anitta em seu conselho de administração, nesta semana, o Nubank programava uma rodada de entrevistas à imprensa. A ideia era que explicassem como a diversidade iria além do marketing e dos “memes” das redes sociais. Mas tanto o Nubank quanto Anitta desistiram dos planos e cancelaram as conversas.
Não houve explicações oficiais sobre os motivos desse cancelamento. Porém, no mesmo dia do anúncio de sua ida ao conselho, Anitta foi atacada nas redes sociais. Como é de seu costume, se defendeu. No dia seguinte, a polêmica cresceu. A hashtag “Cubank”, que transformava o logotipo do banco e aludia à resposta inicial de Anitta aos seguidores do presidente Jair Bolsonaro, esteve entre os assuntos mais populares no Twitter o dia inteiro.
Como a cantora está sendo remunerada com participação em ações do Nubank, que tem planos de abertura de capital, o cancelamento das entrevistas pode ter sido influenciado por uma eventual intenção de reduzir os danos que as polêmicas políticas causariam.
– A presença da Anitta é muito recente na política. É até surpreendente que ela tenha posturas tão firmes nesse tema – diz Fabio Mariano Borges, professor da ESPM especializado em tendências.
Para ele, ao cancelar as entrevistas, o Nubank tentou colocar água fria numa fogueira que não queria ver arder ainda mais, com a polêmica nas redes sociais.
*AE