Em dose única, tratamento facilita adesão de pacientes, aumenta chances de cura e pode ser um aliado na busca pela eliminação da doença
Publicado em 06/06/2023 15h46 Atualizado em 06/06/2023 18h06 - Por Ministério da Saúde - Matéria retirada do portal do Ministério da Saúde (https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2023/junho/ministerio-da-saude-incorpora-medicamento-inovador-para-malaria-ao-sus)
A imagem da capa do site Multisom é meramente ilustrativa e foi retirada da própria matéria
Foto: Internet
OMinistério da Saúde publicou, nesta terça-feira (6), umaportaria que incorpora o medicamento tafenoquina ao Sistema Único de Saúde (SUS). Em dose única, o tratamento aumenta a adesão dos pacientes e é o novo aliado do Brasil na busca pela eliminação da malária. O texto traz ainda o teste quantitativo da atividade da enzima glicose-6-fosfato desidrogenase (G6PD) como tecnologia auxiliar para confirmação diagnóstica.
A tafenoquina será usada nos casos de infecção por Plasmodium vivax, tipo mais comum de malária no Brasil. Segundo dados preliminares de 2022, o país registrou 129,1 mil casos da doença. Cerca de 80% deste total foram infecções por P. vivax. Segundo análise da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), a tafenoquina tem resultados similares aos da primaquina, já utilizada no SUS.
A grande vantagem é que, enquanto o medicamento mais antigo precisa ser administrado ao longo de 14 dias, a tafenoquina deve ser tomada uma única vez, “contribuindo para a diminuição das chances de recaída”, diz o parecer da comissão. O teste G6PD foi incorporado em conjunto, como tecnologia auxiliar, porque dele depende uma parte fundamental do tratamento. É que só podem usar esse medicamento os pacientes maiores de 16 anos de idade e com mais de 70% de atividade da enzima glicose-6-fosfato desidrogenase.
Doenças de determinação social
A malária faz parte de uma lista de afecções chamadas ‘doenças de determinação social’. São males que afetam principalmente pessoas em situação de vulnerabilidade social. Também estão na lista a doença de Chagas, tuberculose, hepatites virais e hanseníase.
O comitê também deve ajudar o Brasil a alcançar as metas operacionais da Organização Mundial da Saúde para tuberculose, HIV e hanseníase, além de eliminar a transmissão vertical de HIV, sífilis e hepatite B. O CIEDS será lançado nesta terça-feira (6), a partir das 17h, com transmissão ao vivo no canal do Ministério da Saúde.